Federação Brasileira de Criadores da Galinha Balão Tradicional

Figura 00

Principais características da Galinha Balão Tradicional

A Galinha Balão Tradicional, são aves pesadas, rústicas e adaptadas ao clima do Semiárido Nordestino que não toleram bem manejos em confinamentos. São aves Crioulas, formadas e criadas no sistema de manejo caipira de forma totalmente extensiva, buscando parte de sua alimentação no ambiente natural. Apesar de serem desenvolvidas em uma região da Bahia, especificamente na cidade de Baixa Grande, têm mostrado boa adaptabilidade a outras regiões brasileiras. Isso se deve ao grande volume de penas e à espessa camada lipídica do tecido adiposo, que servem como uma barreira/proteção para suportarem o frio em regiões com temperaturas mais baixas. Possuem estrutura esquelética forte, com ossatura pesada e compacta, musculatura visível e bem distribuída. O dimorfismo sexual é acentuado, com fêmeas apresentando características ancestrais ou instintivas do choco, comportamentos presentes em todas as aves crioulas, diferentes das raças sintéticas modernas utilizadas na produção industrial de carne ou ovos. São animais dóceis, não belicosos, não combatentes, de fácil doma e manejo.

01°) PLUMAGENS

Existem dois tipos de cores presentes nas plumagens das galinhas, conhecidas como cores melânicas: vermelha (feomelanina) e preta (eumelanina), além de uma terceira que tecnicamente não é considerada cor, mas sim a ausência dela por falta de pigmentação (melanina), a branca. Com a participação dessas três, formam-se várias plumagens, incluindo diluições como a plumagem azul, que resulta da diluição da cor preta por um gene epistático de diluição. As plumagens aceitas são: cores sólidas/base, preta, vermelha e “branca”, além das sólidas/não base; Azul (cinza), palha e suas variações como camurça, família losna; prata e ouro. Por fim, temos as plumagens formadas pela associação de duas ou três cores bases, conhecidas como pintados; mottled, mil flores, Columbia, laceado, spangled e Splash, família dos caboclos; bétula (birten), perdiz e selváticos. Observação: Não são aceitos albinismo e características albinas, como pupilas sem pigmentação e olhos vermelhos, assim como plumagens barradas/pedrês/Carijó.

02°) PESO E ALTURA DA CERNELHA

O peso mínimo para os machos é de 5 kg sem limitação máxima, e para as fêmeas é de 4 kg em pista para conformação, sem limite máximo. Altura da cernelha:

  • Machos (ainda em coleta de dados)
  • Fêmeas (ainda em coleta de dados)
Observação: A altura da cernelha é utilizada para medir “quadrúpedes” onde se unem as espáduas em forma de cruz, mas optamos por essa medida para as Balões, por entender que outros tipos de medição poderiam causar maus-tratos, o que não é nossa intenção.

03°) PENAS

Penas brilhosas, volumosas, bem implantadas de forma firme e harmônica com as penas selins (penas finas das costas dos galos). Pescoço e cauda com tons metálicos de forma exuberante. As fêmeas têm penas arredondadas, principalmente nas costas, sendo mais finas (penugem) na região da cloaca. O empenamento dos pintainhos é esparso e um pouco tardio. Observação: Penas características de outras raças, como penas frisadas, pena de seda e galos com plumagens de fêmeas (consideradas ausência do dimorfismo sexual da plumagem galo pena redonda de galinha) não serão aceitas.

04°) CORPO

O corpo deve ser bem harmônico, com cumprimento adequado, de forma compacta e arredondada, no formato de um balão. Não deve ter o corpo comprido em forma Malaioide (só não é aceito para eventos de conformação), mas deve ter característica banquivoide de formato horizontal, ossatura forte e pesada, com quilha profunda, dando espaço para o desenvolvimento da musculatura peitoral, que deve ser bastante pronunciada e bem marcada. Coxas e sobre-coxas com musculatura bastante desenvolvidas e com ossos de tamanho médio e fortes. Animais caneludos e pescoçudos que sejam desproporcionais/desarmônicos não são desejados. Uma cavidade celomática com muita estrutura e espaço, que favorecerá a respiração da ave. Observação:

  • A hipercifose ou qualquer desvio na coluna resulta em desclassificação. Referência: Figura 04.
  • Algumas fêmeas no período da postura apresentam circunferência dorsal observada em algumas das melhores matrizes. Referência: Figura 03.

05°) ASA

Asas de tamanho médio com bom encaixe, não sendo aceito asa dupla. Penalidade: Desclassificação. Atenção: Algumas aves jovens apresentam asas duplas ou desencaixadas, que ao atingirem a fase adulta são alinhadas e corrigidas. Referência: Figura 18.

06°) CABEÇA

Cabeça grande, pesada e harmônica de formato arredondado, com rugas na face em ambos os sexos. Alguns animais apresentam topete (pimpão), outros não. Consideramos duas variações que devem ser avaliadas em provas de conformação separadamente. Observação: O topete menos volumoso é mais correto, enquanto os volumosos são indesejados e perdem 3 pontos, como observado na raça Polonesa. O acasalamento de aves com e sem topetes é necessário para equilibrar o volume do topete. Referência: Figura 09 e Figura 14.

07°) OLHOS

Olhos vivos, com bastante expressividade e atentos, com ossos acima dos olhos (falsa sobrancelha), dando aspecto de enraivado. Os olhos são projetados na linha do bico, com colorações castanho, amarelo, amarelo esverdeado e laranja. Referência: Figura 14.

08°) BICO

Bico de tamanho médio, forte e com bom encaixe, sendo a parte superior ligeiramente maior que a parte inferior entre o maxilar e a mandíbula. Colorações aceitas: bege, amarelo mesclado com marrom, preto completo, marrom completo e amarelo. Referência: Figura 01 e Figura 02.

09°) CRISTA

Crista do tipo simples (em serra), com coloração vermelho intenso e bem alinhada, sem tombamento lateral. Qualquer quantidade de torres é aceita. Prefere-se cristas maiores e mais corretas, vistosas, que vão do vermelho sangue ao vermelho vinho, indo da parte superior das narinas, iniciando na metade do bico ao topo da cabeça. Função principal: termorregulação em regiões com temperaturas elevadas e ligação com maior fertilidade devido aos índices hormonais. Nas fêmeas: Cristas menores e mais discretas. Referência: Figura 01 e Figura 02.

10°) BARBELAS

Barbelas duplas grandes, chamadas de barbelas distendidas (quanto maiores, mais desejadas), simétricas e flexíveis, de vermelho intenso, apresentando uma barbela central conhecida como barbela de boi. Nas fêmeas: Barbelas médias a grandes (prefere-se as maiores), de vermelho arroxeado ao vermelho sangue, também com barbela central. Referência: Figura 01 e Figura 02.

11°) PESCOÇO

Pescoço forte e de tamanho médio, bem encaixado de forma proporcional ao corpo, flexível, auxiliando na estabilidade da ave ao se locomover, se alimentar e ao copular. Referência: Figura 01 e Figura 02.

12°) LÓBULOS DA ORELHA

Idealmente sem nenhuma pigmentação, para evitar características de outras raças. Resquícios são aceitos da seguinte forma:

  • 1/4 do lóbulo pigmentado: aceito com penalização de -1 ponto.
  • 2/4 do lóbulo pigmentado: penalização de -5 pontos.
  • Acima de 2/4 do lóbulo pigmentado: desclassificação.
Referência: Figura 15 e Figura 16.

13°) PEITO

Peito musculoso, largo e profundo, com o inglúvio (papo) justo e firme.

14°) APRUMOS

Aprumos alinhados com boa simetria, firmes e ágeis, sem desvios angulares. Apresentam equilíbrio ao se locomover. Características desejadas:

  • Bom encaixe entre a pelve e o fêmur (sobre-coxa).
  • Bom encaixe entre a parte distal do fêmur com a tíbia e fíbula (coxa).
  • Bom encaixe entre a parte distal da tíbia e o tarso-metatarso (canela), alinhado com a articulação úmero escapular de forma reta, formando um ângulo de 90°.
Referência: Figura 11 e Figura 12.

15°) CANELAS

Canelas de tamanho médio, proporcionais ao corpo, grossas em linha como duas colunas, de coloração pintada de preto e amarelo, branca, amarela, amarela esverdeada, cinza e preta. Apresentam botões de penas nas canelas (penugens). Animais sem penugens nas canelas não são desejados e podem ser registrados na Federação, mas são vetados em provas de conformação. Penas em excesso ou grandes, como nas raças Brahma, não são aceitas. Características específicas:

  • Machos: Esporas grossas e grandes.
  • Fêmeas: Algumas possuem esporas em menores proporções.
Observação: Animais com corvejões/jarretes juntos ou desaprumo em “X” dos membros serão penalizados. Referência: Figura 12.

16°) CAUDA

Cauda reta e curta, com as penas bem inseridas no pigóstilo da ave de forma harmônica. As penas da cauda têm comprimento curto em ambos os sexos. Nas fêmeas: No período que antecede a postura, podem portar a cauda baixa devido à circunferência dorsal com elevação de penas que algumas matrizes podem apresentar. Atenção: A circunferência dorsal não é constituída por ossos. Referência: Figura 03 e Figura 06.

17°) OVOS

São aceitas várias cores de ovos, dentre elas: bege, marrom, branco, verde, lilás e azul.

18°) PÉS

Pés com dedos grandes e fortes, sem defeitos ou tortos. Referência: Figura 17.

19°) DA DESCLASSIFICAÇÃO E DO “NÃO É ACEITO

19°-1) A desclassificação, é uma penalidade apenas para os animais em pista de conformação, o que não impedem dos animais que foram desclassificados em provas, ou aqueles que tiverem o mínimo de padrão racial, de terem o registro inicial emitido pela federação mediante avaliação técnica emitida por essa entidade. Enquanto que aqueles indivíduos que receberam o “não é aceito” para alguma característica, não terão direito a registo, sendo vetado a participação em eventos nessa entidade, pois, entendemos que algumas característica, ou não fazem parte da raça, ou podem colocá-la em risco.

19°-2) O padrão citado nesse documento, não tem a intenção de servir como parâmetros, modelo ou comparativos morfológicos adotados por outras entidades.

Figuras de Referência


Figura 01
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Figura 02
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Figura 03
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Figura 04
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Figura 05
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Figura 06
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Figura 07
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Figura 08
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Figura 09
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Figura 10
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Figura 11
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Figura 12
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Figura 13
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Figura 14
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Figura 15
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Figura 16
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Figura 17
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Figura 18
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